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sábado, 24 de fevereiro de 2018

Fogão a lenha agora também gera energia elétrica

Fogão a lenha agora também gera energia elétrica

O fogão a lenha ainda é um dos mais comuns "geradores de energia" utilizados no interior do Brasil e de vários outros países em desenvolvimento, principalmente na zona rural. 

De concepção milenar e construção simples, o fogão a lenha é utilizado basicamente no preparo de alimentos.



Mas o pesquisador brasileiro Ronaldo Sato acreditou que poderia melhorar o projeto do milenar fogão, tornando-o mais ambientalmente amigável e, sobretudo, utilizando-o para gerar energia elétrica.

Agora ele apresentou o protótipo que resultou dos seus sete anos de pesquisas - um novo conceito de fogão a lenha/gerador de eletricidade, batizado de Geralux. 

Apesar de ter sido inteiramente construído com recursos próprios, o novo fogão já chamou a atenção da Eletronorte, que está estudando a possibilidade de utilizar a nova tecnologia no Acre, na região do Xapuri.



Na mesma queima de biomassa utilizada para o preparo dos alimentos, o fogão Geralux produz energia suficiente para acender cinco lâmpadas e ligar uma televisão ou outros equipamentos de baixo consumo de eletricidade, como rádios ou até um computador pessoal.

O Geralux é também mais ambientalmente correto do que os fogões tradicionais. Ele economiza até 50% da biomassa hoje empregada, além de reter toda a fuligem no próprio fogão - a inalação de fuligem é apontada pela OMS como a 8ª causa de morte no mundo.

O fogão não utiliza caldeira, o que simplifica sua construção e reduz riscos de acidentes. 

O vapor gerado no trocador de calor é transformado em energia mecânica e, a seguir, elétrica. A energia é armazenada em uma bateria comum de automóvel - cerca de 30% de sua carga é suficiente para a iluminação da residência em um período de 4 a 5 horas.


"Para recarregar a bateria utiliza-se o calor produzido no fogão durante o cozimento diário de alimentos. A tecnologia poderá ser dimensionada conforme a demanda como, por exemplo, para as 30.000 escolas na Amazônia, enquanto se faz a merenda," afirma o Engenheiro Ronaldo Sato.

Sato agora espera receber apoio de entidades governamentais ou privadas para viabilizar a adoção de sua tecnologia em benefício de populações que, em pleno século XXI, ainda estudam à luz de velas. 

O protótipo do Geralux está em exposição na Fundação de Tecnologia do Acre.


 


Usina produzirá biogás com resíduos orgânicos e lodo de esgoto

Com informações da Agência Brasil -  20/02/2018


Energia do esgoto
Pela primeira vez, uma usina produzirá energia no Brasil a partir da combinação entre resíduos orgânicos e lodo de esgoto.


A CS Bioenergia, formada pela estatal Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) e pelo grupo Cattalini Bio Energia, recebeu Licença de Operação do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para geração de biogás. 

A expectativa é que a operação estimule a adoção da tecnologia em outros estados.

O processo, conhecido como biodigestão, começa com o recebimento do lodo de esgoto da estação de tratamento e seu armazenamento em um tanque. 

Paralelamente, também são recebidos resíduos sólidos urbanos. 

Estes passam por um mecanismo de separação, retirando, por exemplo, os plásticos. Depois, a fração orgânica é limpa. 

Só então o material é enviado ao tanque de biodigestão, onde vai ser adicionado ao lodo.
Sérgio Vidoto, diretor da Cattalini Bio Energia, explica que o lodo de esgoto no Brasil contém muitas bactérias. 

Um problema que, na usina, vira solução. Isto porque as bactérias se alimentam do material orgânico, produzindo um gás com grande participação de metano.

 "Essa é a combinação perfeita para gerar o biogás de excelente qualidade", 
  disse Vidoto.
A usina gerará 2,8 megawatts de energia elétrica, o suficiente para abastecer duas mil residências populares, conforme a CS Bionergia. 

Para que o biogás passe a integrar a rede de energia do Paraná, ainda falta a autorização da Companhia Paranaense de Energia (Copel), o que deverá ocorrer em cerca de sessenta dias.

Alternativa aos aterros 
Ao todo, 1.000 metros cúbicos de lodo de esgoto e 300 toneladas de resíduos orgânicos, que eram descartados diariamente no meio ambiente, serão aproveitados na usina. 

Além do biogás, com o que sobra dos resíduos orgânicos serão produzidos biofertilizantes.

Já o plástico que chega à indústria junto com o lixo será reciclado para a produção de sacolas.

A inspiração para a mudança nessa cultura veio de países como a Áustria e a Alemanha, que combinam tecnologias e políticas públicas para promover o reaproveitamento dos resíduos e, com isso, a quase inutilização de aterros. 

De acordo com o Vidoto, existem mais de 14 mil plantas de biogás por meio de biodigestão na Europa. Apenas na Alemanha, são oito mil.
"Está todo mundo olhando a nossa planta como uma quebra de paradigmas no tratamento de resíduos orgânicos no Brasil", disse Vidoto. 

De acordo com ele, até este ano só existiam projetos-pilotos que testavam a tecnologia, mas não uma usina com essa dimensão. Ele espera que "o pioneirismo quebre esse paradigma de só aterrar".

No Brasil, o biogás ainda tem uma participação pequena na matriz energética, por isso sua participação na oferta interna é contabilizada junto a outros itens, como o bagaço e a palha da cana, conformando a chamada biomassa. 

Segundo dados do Ministério de Minas e Energia, em 2016 a biomassa foi responsável por 8,8% da energia gerada no país.

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